Percebi (ou imaginei) pelas palavras dele que acontece compartimentalizar o tempo, acho que é isso que faço.
O tempo, quando o apanho, enfio-o à pressa, amarfanhado em gavetas bafientas numa comoda fora de moda. Seria melhor levá-lo, ao tempo, pela mão, preso só por um cordelinho, como um balão de feira na mão de um piqueno (com grande inveja dos grandes), seguindo a passo comigo, flutuando entre os demais. Divido-o, corto-o ás fatias e arrumo-o fora de sítio, por isso dou comigo desanimada, desencantada, des-sul e des-norteada à procura do que arrumei no sítio errado. O ideal seria mantê-lo no todo que é, sem exigir, sem controlar, sem mesmo planificar ou melhor, imaginar, que o domino. Quando o libertar, tornar-se-á maior, do tamanho que é, estará mais presente e mais flexível. E isso é que era bom :o)
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