terça-feira, junho 23, 2009

à Blue, nova amiga na C.-E.

Blue, fofocas frescas: Não fazes ideia de quantas vezes o Jotacê cai de cu gargalhando do esqueleto ao pêlo, cada vez que vê as imagens que se criam aqui representando-o de camisa de dormir de flanela, com um penteado à Bee Gees e olhos azuis, essa é demais ! engasga-se e tudo ! com as gargalhadas e com o fumo dos charros - a propósito, é por "nascermos" em carência destes mágicos fumos que desmemorizamos tudo o que foi combinado, previsto e devidamente orientado lá na praia dele, á volta da fogueira eterna. Claro que uma ressaca, quer dizer, uma vida assim, está na origem de muita dor de cabeça, ouvido desafinado, boca a saber a papel de musica e alucinações várias. 
E então, Ele passa os dias rindo, perdendo-se nas dunas do deserto do Paraíso, tropeçando nas imensas, grossas e coloridas rastas cor de chocolate e laivos violeta que encobrem, conforme balança a anca, a pele etíope do seu rosto magro, e inflama as avenidas das narinas para retomar a gargalhada, semi-cerrando em extase os olhos cor de noite de lua cheia. E eu compreendo-O, sinceramente olhos azuis, Blue...
AH, ele pediu para te dizer que aquela tarde que passaram juntos no óasis, foi bué da fixe ! 
dá notícias eu dou beijinhos !!
Cristina


sábado, junho 20, 2009

exercício de ILM, som de taças tibetanas, resposta à questão "cortar ou ficar?"


alerta, aprender o que não é evidente, repetindo,
atenção ao óbvio que esconde algo.
continuidade na impermanência, responder depois de escutar o inaudível.
o toque do gongo não se ouve debaixo de água, sente-se.
para lá do óbvio há algo mais que ainda não sei o que é.
estar atenta ao que não se ouve mas vibra, é aqui que está a mensagem,
conciliar e evoluir.
repete-se mas não é igual, é novo,
renovando avisos, acorda, age!
ainda que vás no caminho certo continuarás a receber avisos,
é esse o verdadeiro Amor.
se surgirem escadarias na tua frente, não fujas,
não é ainda a hora de subir.
mesmo que não oiças o gongo distante, 
ele continuará a vibrar dentro de ti, festeja!
o som vibra na altitude onde o ar é mais puro,
em baixo, no meio das pedras, recorda-o.
sempre terás dúvidas, sempre terás respostas.
fica e leva o som de ouro do gongo ao coração do outro.
no topo da montanha não há solidão, é lá que vibra o ar pleno de som.
no topo da montanha sorri, alguem estará tocando o gongo
para que o ar à tua volta vibre dourado.
enquanto caminhas perdida,
em cada passo no escuro que dás,
te nasce debaixo do pé a resposta
à pergunta que ainda não fizeste.

Cristina Dinis Roldao

quinta-feira, junho 18, 2009

Carência

So, you say it is “needing”,
never wanted to call it so,
it’s like assuming my weakness.
A woman like me would die
before assuming any kind of needy,
never such weakness.
For so long painted a self-portrait
of a wild horse ridding woman
but…so simple, so quick, so short
in a moment the horse is as hard as a cloud
as wild as a worm and so like nothing.
In this instant “needing” rides over me
and I’m no cloud, no worm, nothing
underneath the horse-power of need.
Yes, it is “needing”, it has always been “needing”,
wanted to disguise it of anything else
like strength, knowledge, whatever it was,
it was fake, a mask, a hide away,
never knowing that the beast
is right inside me.
Yes, you’re right and I don’t want you to be right.
I want the reality,
not a fantasy of wild horses to ride
or this silly being ridding clouds.
I don´t want,
I’m so sorry you’re right,
I’m so sorry you hurted me,
I’m so sorry you escaped from my heart
Like a horse trough out a dream
and I was left holding on to a cloud
that can never be ridden.
I’m so sorry the horse run away
from my awaken-dream
and turned all it’s power into “need".