... e a resposta à pergunta que não fiz, é:
la vie est un feu, et on se brule pour une caresse
tagarelar, é o que farei aqui, falar à toa de tudo e de nada, brincar com as imagens, as palavras, as ideias, e reparar depois que o tempo passou e como passou.
cansada até à medula como estou, da carência, da repetição, da cegueira, da obcessão, da fraqueza, da compulsão... porque me mantenho no mesmo registo, na mesma cadeia, na mesma corrente, roda dentada, passo parado, perdida e presa ao chão ?... Entra pela vista dentro, sem pedir licença, que não gosto de ser, estar, ter ou fazer conforme até aqui, logo saltita a solução catita, mudar, é tão simples, são só cinco letrinhas... Não será mudar para outros registos assentes noutras rodas dentadas, se calhar a grande mudança é conseguir passar a gostar de ser, estar, ter ou fazer conforme o que surge no meu caminho. Mas isso é a pura lei do acidente e sei que não posso querer isso para mim, além disso, não me satisfaz...caramba, se um murro resolvesse isto....
Puxando um pouco a nota para cima, podemos considerar os últimos dias como pequeninos passos na afirmação de "bom-dono-de-casa". Até que ponto foram passos voluntários e conscientes? Não foi um pouco como o rodopio do vendaval do destino e do acaso - a lei do acidente?
Estive lá, caminhei no seu sentido, desperta...mas não sei se foi um esforço inteiro e maduro...
Os centros mental e emocional continuam empanados por excesso de detritos, são ancoras para o corpo fisico que sonha ser etérico.Voar não é fácil, amarrada à vida.